
A Crise do Nome: Portugal e Brasil Colonial sob a Lente do Perspectivismo (eBook, ePUB)
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O livro A crise do nome: Portugal e Brasil colonial sob a lente do perspectivismo explora intensamente a problemática da significação onomástica concernente ao encontro sociopolÃtico-linguÃstico-cultural entre os amerÃndios brasis e os jesuÃtas portugueses, no Brasil do século XVI. Focando os valores atribuÃdos aos nomes, a obra debruça-se sobre um corpus de textos que agrega como fontes algumas cartas jesuÃticas, especialmente as de José de Anchieta, bem como dados provenientes de pesquisas antropológicas, históricas e linguÃsticas acerca das missões, da catequese, dos esforÃ...
O livro A crise do nome: Portugal e Brasil colonial sob a lente do perspectivismo explora intensamente a problemática da significação onomástica concernente ao encontro sociopolÃtico-linguÃstico-cultural entre os amerÃndios brasis e os jesuÃtas portugueses, no Brasil do século XVI. Focando os valores atribuÃdos aos nomes, a obra debruça-se sobre um corpus de textos que agrega como fontes algumas cartas jesuÃticas, especialmente as de José de Anchieta, bem como dados provenientes de pesquisas antropológicas, históricas e linguÃsticas acerca das missões, da catequese, dos esforços de tradução e mediação, assim como das particularidades das lÃnguas envolvidas no que tange à dimensão onomástica. Este livro investiga a hipótese de que os atos de nomeação e de tradução onomástica, ocorridos no âmbito do encontro entre as culturas cristã ocidental e indÃgena no século XVI, destacam a necessária relação entre perspectivismo e atos metalinguÃsticos, manifestada no latente antagonismo quanto aos modos como cada parte parece conceber a linguagem e esses atos. Analisamos o processo onomástico entre as culturas amerÃndia e jesuÃtica cristã, em que muitos nomes podem ser adquiridos na primeira, sobretudo por meio da guerra e da vingança, enquanto na segunda um novo nome é dado por Deus, premiando o espÃrito misericordioso e pacÃfico de quem o recebe. Preliminarmente, ao contrário do que se possa pensar quando há uma relação de dominação polÃtica - caso de Portugal e Brasil, no século XVI -, as páginas deste livro apresentam uma dinâmica de aculturamento mútua mais equilibrada do que se poderia supor: os jesuÃtas passam a nomear com a lÃngua tupi, enquanto os indÃgenas, igualmente, adotam novos nomes cristãos. Contudo a prática onomástica indÃgena envolve um ato de transubstanciação cÃclica: comer a carne do inimigo é também uma antropofagia em relação ao seu nome e aos nomes que este possuÃa; ao passo que, para os cristãos ocidentais, o novo nome é resultado da renúncia ao nome de batismo (com água) e, com ele, de todas as ações gentÃlicas anteriores ao novo batismo (do espÃrito), pelo qual "todas as coisas se fazem novas" (Apocalipse 21:5), substanciadas no novo nome.
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