Caco é filho de pastor; Flávio, filho de militar. Eles tentam manter seu amor em segredo, assim como muito de tudo que pensam, que querem e sonham. As expectativas dos pais de que os filhos sigam seus modos de vida, suas crenças, suas ilusões de masculinidade são asfixiantes. Silas, o pastor, imagina que o filho um dia assumirá seu lugar no púlpito de sua pequena congregação; Jair, o militar, abandonado pela esposa e expulso da corporação, tenta educar o filho com valores da caserna. Nos becos, nas sombras, em meio ao silêncio e ao perigo, Caco e Flávio descobrem o amor, a cumplicidade, fazem planos. Silas, gritando versículos bíblicos como num comício, defende-se de acusações de homofobia perante jornalistas. Jair, que atirara num menino negro pelas costas, afoga suas contrariedades na bebida em delírios de legítima defesa. Haverá esperança para o amor? A declaração de amor do menino negro é um texto teatral para quatro atores, e aborda algumas das questões mais urgentes e sintomáticas do cotidiano de violência estatal e preconceito religioso que fazem do Brasil um dos países que mais mata jovens negros, homossexuais e pobres do mundo. Uma visão sensível e pungente das violências que permeiam o tecido social brasileiro com a ascensão do fascismo e da desinformação de massa. Um reflexão necessária e urgente num dos períodos mais controversos da história brasileira contemporânea.
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