O Método Dialético é constituído de um conjunto de princípios e normas a serem seguidos pelos pesquisadores para investigação e esclarecimento do movimento e das transformações das realidades material e social. Refletindo sobre as limitações do método formal, os gênios criativos de Marx (33) e Engels (18), revolucionaram esse velho método investigativo: uma das maiores contribuições metodológicas do século XIX na área da pesquisa sistemática, trocando o idealismo Hegeliano pelo pensamento material na formação da consciência humana em sua sondagem sobre a realidade em eterna marcha evolutiva. Dada a amplitude e a profundidade desse método, então, explicam-se, por essa lógica investigativa, desde o ponto zero (nada) até o infinito (tudo). Do salto histórico dos primatas, por exemplo, para o homem selvagem, da horda simiesca para a bárbara sociedade humana dos primórdios, da evolução do homem bárbaro para o civilizado, muitas coisas na sociedade se explicaram pela dialética, nessa gloriosa trajetória da transformação de bicho em gente, da ignorância total para o saber humano. Da mente pétrea da barbárie à sensibilidade poética, musical, filosófica, científica, técnica, artística da moderna sociedade dos homens civilizados da atualidade. Em sua marcha indagativa, dialético, o gênio humano observou que não haveria o salto espetacular da sua evolução na caminhada especulativa da humanidade, apenas pela sua capacidade a partir do cérebro e sentidos rudimentares do homem pré-histórico e do sapiens de hoje, mas, sobretudo, pelo desafio estimulante da natureza bravia sobre o ser humano, coadjuvado pela sua própria sensibilidade, animada pelo fulcro de sua exuberante criação: o método científico de pesquisa. Então, com a dialética, explicou-se esse espetáculo fecundo de criação e recriação das coisas do universo e da sociedade curiosa, reflexiva. Tudo se relacionando em reciprocidade múltipla no aconchego do ventre maternal da mãe natureza pródiga, quase extasiada com o seu filho gênio, mais novo e inventivo: o homo sapiens. Dessa fértil cooperação reflexiva, verificou-se a gênese da evolução fecundante, através de milhões e milhões de anos para o milagre da maior e melhor das criações: o gênio humano. Daí, seu conhecimento das coisas do mundo e de si próprio. No eterno embate conflituoso da criação, milhões de outras criaturas surgiram no universo sem fim, generalizado em seus planetas, galáxias, o infinito intrépido, incansável na ubérrima reprodução de tudo e de todos os seres animados e inanimados. Nesse cenário energizado das transformações, verificaram-se as olimpíadas das espécies nos reinos animal, vegetal e mineral, onde a competição no jogo dos fatos contrários, aquece a chama ardente de todas as mudanças quantitativas e qualitativas dos fenômenos materiais e sociais do mundo que nos cerca. Por exemplo, os conflitos da dinâmica contra a inércia, do movimento contra o repouso, a coesão oposta à dispersão, o evolutivo em oposição ao eterno, a transformação contrária à imutabilidade. É nessa disputa, que a abordagem dialética dos opostos na realidade em movimento, oferece ao ser humano a sua participação coadjuvadora. Espetáculo infinitamente belo, nesse campo olímpico da luminosa criação. O papel do homem na dinâmica evolutiva das coisas, isto é, origem, crescimento e desenvolvimento, é o de estimular as mudanças e intervir na realidade para aquecer e acelerar a catálise das transformações: a evolução qualitativa da natureza e de sua própria sociedade para o bem comum do gênero humano e de todas as outras espécies, através de estímulos recíprocos e permanentes do homem pela natureza e da natureza pelo homem para o congrassamento permanente de todos os seres do universo.
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