A hibridização do conhecimento é uma temática que vem ganhando atenção de pesquisadores no que se refere à relação entre teoria e prática no âmbito dos estudos do currículo. Com esse interesse, esta pesquisa buscou investigar como acontece este processo de hibridização e de articulação da relação entre teoria e prática no campo do currículo. Nesse contexto, o que se procura problematizar é sobre as práticas discursivas produzidas pelos sujeitos do Plano Nacional de Formação de Professores (PARFOR) que se revelam por meio da hibridização do conhecimento escolar e do currículo na formação inicial do professor. Discute-se as acepções do que é um híbrido, estabelecendo paralelo com práticas articuladas. Nesse sentido, aprofundou-se a noção de ambivalência, já que esse fenômeno curricular existente nas práticas cotidianas de ensino e nos percursos formativos dos docentes é pouco perceptível em sala de aula. Partimos do princípio de que a relação entre teoria e prática deve ser vivenciada como um processo da dupla face de desejos que se completam e se unem, não podendo ser isoladas. Ou seja, como um campo bioepistemológico, bivocal onde a marca da dualidade se faz presente no passado e no futuro representado pela convivência de diferentes gerações em um único espaço-tempo de sala de aula e seu (in) acabamento. Análise processada por meio da sobreposição dos enunciados dos docentes, nos fazem afirmar que a formação docente é dependente de processos de hibridização.
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