O livro de Rogério de Assis, A esperança como práxis teológico-pedagógica: um diálogo entre Jürgen Moltmann e Paulo Freire, traz considerações importantes sobre o tema da esperança que é fundamental para todos os seres humanos. Todos nós necessitamos da esperança como algo inerente ao nosso ser gente, como algo pertencente ao nosso ontos. Há uma exigência de nosso ser para que sejamos esperançosos, sob pena de sucumbirmos ao peso das dificuldades do viver que também nos acompanham. Bem o disse Paulo Freire em afirmação feliz que Rogério escolheu para epigrafe do Capítulo Primeiro do livro: "Não sou esperançoso por pura teimosia, mas por imperativo existencial e histórico (FREIRE, 2016, p.14). Essa, a meu ver, é a tônica do livro: indicar que a esperança é uma exigência da existência humana. Não uma esperança de quietude que se acomoda na pura espera, sem nenhuma ação de nossa parte, mas uma esperança ativa que vai à luta pelo bem que se deseja, que se vislumbra como possível e cujo vislumbre alimenta a busca corajosa de sua realização sem perder de vista as condições históricas objetivas. Daí a necessária consciência crítica, tanto a respeito das dificuldades e suas causas, quanto da possibilidade da luta por superá-las e dos recursos possíveis para a consecução do bem que que se deseja porque necessário para a realização do ser humano na sua integralidade. Todos temos direito ao "ser mais" (Freire) de cada um em relação às situações atuais que o impedem e o tornam, por ora, um inédito inviável, ou um bem ainda não editado, portanto. Mas, com a disposição alimentada pela esperança ativa, este inédito pode se transformar em um "inédito viável" (ainda Freire). Vale aqui, tomar as palavras de Rogério quando comenta esta ideia de inédito viável de Freire:
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