"Ilude-se quem pensa que a grande disputa no Brasil, neste início de milênio, é entre "direita" e "esquerda"; ou entre "conservadores" e "progressistas" - muito menos entre "capitalismo" e "socialismo". Pura miragem. A "guerra" que está em curso - e por poucos ainda decifrada - é entre corporativismo oligárquico (de um lado) e republicanismo democrático (de outro). A primeira força representa interesses de raízes seculares, ancorados no poder corporativo de algumas elites (empresariais, sindicais, profissionais e partidárias), cujo objetivo é a manutenção do status quo, da atual ordem social e política estamental por meio do controle privado do Estado; a segunda, expressa a ação de indivíduos e grupos focados na construção de uma ordem política alternativa, mais comprometida com o interesse geral da sociedade (e não das corporações)". O primeiro "batalhão", pela força da tradição, detém mais poder (político e financeiro) e maior controle dos aparelhos de Estado, o que lhe garante grande capacidade de resistência. O segundo, por representar, até o momento, uma força em ascensão, carece, ainda, de maior solidez e poder, esgrimindo a sua luta nos poros do tecido social e estatal por meio da articulação de atores descontentes com a situação vigente e, sobretudo, pela obtenção de apoio popular, em evolutivo crescimento."
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