O passado fascina os indivíduos do presente, seja pelas relações exemplares, pelo exotismo ou pelo romantismo. Dessa forma, regularmente serve de matéria-prima narrativa para o cinema, o que acaba por afetar significativamente as formas pelas quais nossa percepção e experiência temporal se dão. O presente trabalho visa problematizar esse tipo de fenômeno a partir da investigação de três filmes sobre a história do blues: como se pensa o estilo e seus principais representantes? Que tipo de mitologia é construída em seu entorno? E, acima de tudo, por que falar sobre ele hoje, em pleno século XXI? Baseado em conceitos como lugar de memória e autenticidade, propõe-se aqui uma abordagem metodológica para que se possa compreender, analisar e produzir narrativas fílmicas sobre o passado a partir de uma perspectiva crítica.
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