Há quem diga que a beleza das viagens não está somente nas paisagens que avistamos, mas especialmente naquilo que nos transformamos quando regressamos. Mais do que uma viagem, este livro objetiva ser um convite à vida. Nele, o autor sublinha as constatações obtidas em sua vida pessoal e em sua prática clínica. Para ele, viver pode e deve ser mais. Além disso, nós podemos potencializar nossas transformações; amplificar nossas ressignificações; tomar as rédeas de nossas peregrinações; aprender com nossos tropeções; encantar-nos com nossas contemplações, enriquecer-nos, completar-nos com nossas inter-relações, mas, especialmente, podemos e devemos nos permitir "poetizações" de nossa existência. Certamente, pela nudez de alma com que os capítulos foram tecidos, este livro propiciará ao leitor uma série de reflexões: ora dúvidas, ora constatações; ora incertezas, ora emoções; ora concordâncias, ora contradições. Ele nos lembra que, em nossas histórias, a possibilidade de dar tons e sabores aos enredos de nossa vida está para além daquilo que nos espera no caminho, ou dos caminhos pelos quais já passamos. Mas parece estar nas palavras, passos, olhares, escolhas, memórias, encontros que cultivamos, segundo nos instiga a leitura deste livro. Transformar a imensidão de nossos vazios em imensidão de possibilidades.