A fumaça do cigarro consiste em milhares de componentes químicos que influenciam negativamente os diferentes sistemas orgânicos, levando-os a prejuízos morfofuncionais que alteram a homeostase dos órgãos e sistemas. Como os rins são órgãos altamente vascularizados e a manutenção de suas funções depende diretamente de uma boa permeabilidade vascular, e tendo em vista que o tabagismo causa lesões vasculares, tais como disfunção endotelial, aterosclerose e aumento da espessura arterial, as alterações vasculares renais são consideradas graves e tendem a provocar quebra da homeostase interna de modo sistêmico, além de evoluir para uma insuficiência renal. Desta forma, havia uma crença de que indivíduos expostos ao tabagismo passivo poderiam sofrer as mesmas alterações de um tabagista ativo, porém as descrições destas possíveis alterações morfológicas nos rins e suas estruturas ainda são escassas na literatura. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi analisar se a inalação passiva da fumaça do cigarro proporciona alterações morfológicas e estruturais nos rins de ratos em um período de 07, 14, 21 e 28 dias de exposição, e após as análises dos resultados deste experimento, concluímos que o tabagismo passivo influencia negativamente na morfologia renal, com efeitos semelhantes aos descritos na literatura em relação ao tabagismo ativo.
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