A invisibilidade do trabalho escravo doméstico é o tema do presente livro, no qual se propõe analisar como o afeto presente na relação de serviço doméstico mantém invisíveis condições de exploração e perpetua a posição de subalternidade das mulheres que desempenham esse trabalho. Para tanto, o estudo, que é interseccional, está dividido em quatro partes. Na primeira, apresenta-se um giro na História do trabalho doméstico no Brasil Imperial. Na segunda, analisa-se o conceito do afeto e da subalternidade, mostrando a materialização do primeiro no espaço da casa. Na terceira, apresentam-se os binarismos de raça, gênero e classe nos indicadores do trabalho doméstico e discute-se como o afeto manifestado no "quase da família" subalterniza e impõe fronteiras no cotidiano de trabalhadoras domésticas. Na quarta, examina-se o fenômeno do trabalho escravo, analisando os poucos casos de trabalho escravo doméstico no Brasil, a fim de evidenciar o afeto como fator de silêncio e exclusão. A obra é fruto da minha dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em agosto de 2021 e traz instigantes reflexões sobre o papel do afeto na perpetuação do trabalho escravo doméstico.
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