Gloria Pondé sempre foi uma grande entusiasta da tríade alfabetização, leitura e literatura, desde o início do magistério, nas escolas públicas de periferia, até a última etapa de sua carreira, como professora titular em universidade. A partir de sua prática pedagógica, Gloria elaborou uma pedagogia lúdica, centrada na linguagem polissêmica da literatura, com suas múltiplas possibilidades, de modo a despertar no educando o prazer estético e o pensamento crítico. Assim, é possível levar o leitor a perceber e participar do processo de construção do sentido do que lê e do seu estar no mundo, ou seja, fugir da passividade mental e tornar-se cidadão pleno e consciente. Destas reflexões surgiu, em 1985, A arte de fazer artes: como escrever histórias para crianças e adolescentes. Nessa obra, a autora analisa a situação do livro infantil até aquele momento, bem como o contexto do país na época e a predominância do magistério feminino, com suas consequências. Muitos estudos, pesquisas, leituras e novas reflexões depois, Gloria produziu a presente obra, A literatura na escola: uma questão de gêneros. Ao se confrontar as duas obras, percebe-se que a anterior é em parte fruto da prática pedagógica da autora, ao passo que na segunda ela explicita seus pontos de vista metodológicos e filosóficos, ao mesmo tempo em que faz sua conexão com as mais modernas teorias das diversas disciplinas capazes de enriquecer o processo de formação não só dos futuros leitores, mas, antes de tudo, do futuro mestre, processo que é enfatizado por meio da prática da oficina literária. Ligia Vassalo
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