A luta foi publicado como folhetim em 1909 e transformado em livro em 1911. Carmen Dolores - pseudônimo de Emília Moncorvo Bandeira de Melo -, aristocrata meio decadente e uma das polemistas mais conhecidas da época, com uma coluna de enorme sucesso no periódico O Paiz, causou grande furor com este relato da vida matrimonial de Celina Ferreira, espécie de "Bovary da rua das Marrecas" que sonha com "uma existência mais larga, a independência da mulher elegante e rica, que sai só, vai a teatros e alimenta a corte ardente de muitos admiradores", filha insubmissa de uma dona de pensão interesseira de Santa Teresa. Incluído numa lista de livros imorais pelo frei jesuíta Pedro Sinzig poucos anos depois de sua publicação, o romance não se furta de abordar de frente as questões de gênero e classe, sem subterfúgios nem eufemismos.
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