A Meritocracia Distinta desenvolveu suas questões iniciais acerca dos impactos das novas tecnologias sobre as transições de carreira. Visou identificar os capitais diferenciais neste momento de mudança identitária. Os seus achados, no entanto, surpreenderam: o lócus de pesquisa - uma instituição financeira distinta - trouxe abrangência aos dados. E dessa diversidade, novas questões surgiram relativas às interações pessoais e profissionais e à forma que vêm sendo redefinidas pela tecnologia. A elite meritocrática estudada, tendo feito a sua transição, podia comentá-la, livre de eventuais sigilos. E assim o fizeram. De fato, onde há liberdade de ser, há também a surpresa de sê-lo. Ao se compararem as entrevistas com a teoria bourdieusiana, verificou-se que, não obstante a fluidez atual, alguns invariantes permaneciam vigentes: a violência simbólica, a dominação denegada, o poder corporativo e as desigualdades sociais. Essas dinâmicas sociais, sua reprodução e conservação, desafiam, por vezes, até mesmo a cartesiana lógica do lucro. Nesses termos, o mérito que distingue o profissional só pode realmente distingui-lo se analisado de forma diferenciada, diversa - distinta -, ou seja, considerando as condições objetivas e subjetivas de sua existência. Essa análise é o cerne deste livro, que oferece pontos de debate e um exemplo de aplicação da Sociologia à Administração, com viés tecnológico. É, portanto, um passo nos estudos inerentes à Sociologia Corporativa. Boa leitura!
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