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  • Format: ePub

Morávamos no vale, em casa feita de madeira de pinheiros, abundantes na região. Vi como nosso pai cortou a machado, peça a peça. E minha mãe auxiliava com a comida no ar livre. Fogão armado na pedra. O mundo se aprende no devagar mas o amor não, estava ali quando o pai a abraçava, sem muita palavra. Não gostava de muita fala. Explicava: - Falar despede alma. E todos nós aceitávamos a cara larga e macia de nossa mãe e a rudeza musculosa do pai, que, ao sorrir, não desviava ternura. E eu existia por reparar. Quanto mais reparava, mais existia.

  • Geräte: eReader
  • mit Kopierschutz
  • eBook Hilfe
  • Größe: 1.32MB
Produktbeschreibung
Morávamos no vale, em casa feita de madeira de pinheiros, abundantes na região. Vi como nosso pai cortou a machado, peça a peça. E minha mãe auxiliava com a comida no ar livre. Fogão armado na pedra. O mundo se aprende no devagar mas o amor não, estava ali quando o pai a abraçava, sem muita palavra. Não gostava de muita fala. Explicava: - Falar despede alma. E todos nós aceitávamos a cara larga e macia de nossa mãe e a rudeza musculosa do pai, que, ao sorrir, não desviava ternura. E eu existia por reparar. Quanto mais reparava, mais existia.

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Autorenporträt
Carlos Nejar, nasceu em 11 de janeiro de 1939, em Porto Alegre, estudou no Colégio do Rosário, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Puc, 1962, passando na primeira turma no Concurso para o Ministério Público Estadual, em 1963, sendo promotor em vários recantos do pampa: Pinheiro Machado, Bagé, Uruguaiana, Taquari, Itaqui, Erexim, Caxias, tendo sido assessor do Procurador Geral, capital do Rio Grande e Procurador de Justiça. Atualmente aposentado. Radicou-se na "Morada do Vento", na Urca. Pertence à Academia Brasileira de Letras, cadeira 4, na sucessão de outro gaúcho, Vianna Moog, eleito também para a Academia Brasileira de Filosofia e para o Pen Clube do Brasil. Recebeu a mais alta condecoração de seu Estado natal, "A Comenda Ponche Verde" e de Minas Gerais, "A grande Medalha da Inconfidência", em 2010. E chega aos setenta e três anos, graças a seu espírito renascentista, com fama de poeta reconhecida, tendo construído uma obra importante em vários gêneros - tanto no romance, quanto no teatro, no conto, na criação infantojuvenil - publicou, agora em 2ª edição, sua História da Literatura Brasileira, pela Ed. Leya de São Paulo, onde assinala a marca do ensaísta. É considerado um dos 37 escritores chaves do século, entre 300 autores memoráveis, no período compreendido de 1890-1990, segundo ensaio, em livro, do crítico suíço Gustav Siebenmann: "Nejar encarna de modo convincente, pero con modestia en discreto retraimiento, el logro de aquella síntesis, en tantos lugares anhelada y tan raramente cumplida, entre innovación y tradición, entre crítica de malestar y esperanza.