"A Filosofia da Natureza dos Naturalistas", de Antero de Quental, é uma obra fundamental no contexto do pensamento filosófico português do século XIX, apresentando uma análise crítica das teorias naturalistas da época. Através de um estilo claro e incisivo, Quental discute a intersecção entre a filosofia e ciências naturais, refletindo sobre a visão do mundo proposta pelos naturalistas e seus impactos na compreensão da natureza e da existência humana. É um texto que revela uma sintonia com o empirismo científico da época, ao passo que também critica as limitações do pensamento puramente mecanicista, inserindo-o em um debate mais amplo sobre as implicações éticas e existenciais do naturalismo. Antero de Quental, poeta e filósofo ligado ao movimento do liberalismo e ao socialismo, foi uma figura central na introdução do pensamento europeu em Portugal. Influenciado pelo idealismo alemão e pela ciência moderna, Quental reuniu suas experiências pessoais e intelectuais para compor esta obra, reflexo de seu comprometimento com a renovação do pensamento filosófico em sua terra natal, onde buscou unir a ciência e a espiritualidade em sua busca por respostas para questões existenciais. Recomendo enfaticamente "A Filosofia da Natureza dos Naturalistas" a todos que desejam aprofundar-se no diálogo entre filosofia e ciência, bem como compreender as correntes de pensamento que marcaram a transição entre o pensamento metafísico e o empirismo do século XIX. A obra de Quental não só enriquece o legado filosófico português, mas também instiga reflexões contemporâneas sobre a relação entre homem e natureza.
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