Este livro é dedicado a brancos e negros que queiram olhar para a fragilidade da psique, em relação ao racismo estrutural brasileiro. Tanto teóricos brancos quanto negros estarão na discussão da psique em brancos e negros. Divido com os leitores o estudo da branquitude na clínica psicológica. Apresento, inicialmente, um histórico sobre o racismo no Brasil da escravidão até a pós-abolição. Um movimento de exclusão aos valores dos povos africanos escravizados e dos povos originários. A vivência do racismo estrutural brasileiro surge como identificada com a ideia de raça e de poder, advindas do colonialismo em sua construção sócio-histórica. O cliente branco chega ao consultório sabendo que vai estar diante de um psicólogo negro. Os vínculos dessa relação permeiam um olhar ao que se apresentar como material de intervenção clínica. Entrevistar psicólogos negros de regiões diversas do Brasil, que trouxeram suas experiências de vida e clínicas, construiu poderosamente a narrativa deste livro. O manejo clínico para as reflexões de transferência racista ao psicólogo negro, assim como as de contratransferência por parte desse psicólogo, mostrou a necessidade de letramento racial sobre os sintomas traumáticos. O racismo brasileiro se apresenta em famílias inter-raciais na engrenagem mantida pela branquitude. A psicoterapia deve oferecer aos psicólogos negros e aos clientes brancos um espaço de reflexão e consciência racial para o rompimento dessa engrenagem. Rosangela Rozante
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