Ele é o Proust da Língua portuguesa, afirmou o jornal The New York Times ao se referir a Eça de Queirós. Assim como o escritor francês, o mais importante romancista português do século XIX trabalha sua narrativa a partir da observação das vidas interior e exterior de seus personagens, sem perder do olhar crítico dos valores e costumes, da política e da religião. Com a obra A Relíquia, ele concorreu ao prêmio D. Luis da Academia Real de Ciências. Em 1887, época da publicação do livro, Eça já entendia que seu tempo era consumido pelas incertezas da inteligência e angustiado pelos tormentos do dinheiro. Como um verdadeiro clássico, ele continua atual. A Relíquia conta a história de Teodorico Raposo, que busca beneficiar-se da herança de uma tia rica e beata. A tia impõe-lhe uma condição: ele deveria viajar à Palestina para provar sua fé e trazer de lá uma recordação. A ideia é que Teodorico vivencie uma experiência mítica, mas ele se envolve em outros prazeres. Um deles envolve uma inglesa chamada Mary, que lhe presenteia com a sua camisola... Com as malas prontas para voltar, lembra-se da promessa. Prepara, então, uma coroa com ramos, e a embrulha a relíquia. No meio do caminho, troca os pacotes e diante da tia e de membros do clérigo, Teodorico relata as penitências às quais se submeteu e abre o presente errado... A partir dai, ele inicia sua peregrinação pessoal, buscando meios de sobrevivência e iluminação
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