A vigorosa narrativa de A República do Cruzeiro do Sul, de Wander Lourenço, captura os leitores por meio das múltiplas ações a-históricas, que permeiam o período da colonização, do Primeiro e Segundo Reinados até a contemporaneidade das milícias, a se iniciar pela Proclamação da República, em 1889. Destarte, o inventivo discurso ficcional forjado por Lourenço - do idioma arcaico do Brasil-Colônia às gírias do Morro do Vidigal -, se predispõe à rediscussão dos fatos históricos, tais como a Abolição da Escravatura e a emancipação política da Coroa Portuguesa, a partir de um emaranhado de (e)fabulações, que, decerto, irá desestabilizar a padronização vigente do modelo da ficcionalização contemporânea.
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