Escrito originalmente em Paris como tese de doutorado, sob a orientação de Lucien Goldmann, a obra é essencialmente um estudo da evolução política e filosófica de Karl Marx no contexto histórico das lutas sociais na Europa durante os decisivos anos de 1840 a 1848 e, em particular, sua relação com as experiências de luta da classe operária em formação e com o primeiro movimento socialista/comunista. Löwy relata o aparecimento, no jovem Marx, de uma nova concepção de mundo: a filosofia da práxis, fundamento metodológico de sua teoria da revolução como autoemancipação do proletariado. O livro busca compreender a gênese histórica do novo materialismo inaugurado por Marx por meio de uma pesquisa interdisciplinar que se vincula, ao mesmo tempo, à sociologia, à história social, à filosofia e à teoria política. Segundo o professor Rodnei Antônio do Nascimento, autor da apresentação, "a teoria da revolução comunista é precisamente o fio condutor que lhe permite articular os diferentes momentos dessa trajetória, que conduz do neo-hegelianismo de esquerda à ideia de autoemancipação do proletariado e sua síntese teórica em uma filosofia da práxis, passando pelo comunismo filosófico". Escrito em meio a um acalorado debate acerca do sentido autêntico do marxismo, o texto de Löwy afrontou os debates que na década de 1960 ganhavam destaque nas análises de Louis Althusser, principalmente a polêmica disputa que opunha o jovem e o velho Marx. O estudo de Löwy discrepava inteiramente desse corte epistemológico que dividia a obra de Marx entre a ideologia humanista dos escritos de juventude e a teoria científica alcançada com a crítica da economia política madura.
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