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O Brasil é a terra dos mil povos, o seio que abrigou os filhos de muitas terras estrangeiras e que alimentou, com amor de mãe genuína, os milhares de povos indígenas que aqui habitavam há cerca de 15 mil anos. Quem eram e o que pensavam os primeiros habitantes desta terra? Antropólogos se debruçaram sobre essa questão e deixaram contribuições definitivas para a compreensão desse capítulo da nossa história. A maioria das nações indígenas, no entanto, permaneceu calada, sofrendo passivamente as influências da civilização do homem branco, que chegou tão perto e, no entanto, optou por manter-se…mehr

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Produktbeschreibung
O Brasil é a terra dos mil povos, o seio que abrigou os filhos de muitas terras estrangeiras e que alimentou, com amor de mãe genuína, os milhares de povos indígenas que aqui habitavam há cerca de 15 mil anos. Quem eram e o que pensavam os primeiros habitantes desta terra? Antropólogos se debruçaram sobre essa questão e deixaram contribuições definitivas para a compreensão desse capítulo da nossa história. A maioria das nações indígenas, no entanto, permaneceu calada, sofrendo passivamente as influências da civilização do homem branco, que chegou tão perto e, no entanto, optou por manter-se distante, atirando no esquecimento toda a riqueza da tradição, do pensamento e da espiritualidade indígenas. Um novo olhar foi inaugurado às vésperas do aniversário de quinhentos anos do descobrimento do Brasil, e este livro, que nos revela o caráter absolutamente universal dessas tradições, foi um de seus precursores.

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Autorenporträt
Kaka Werá Jecupé é filho de pais tapuias, ou txucarramães ("guerreiros sem armas"), que saíram do Araguaia no início dos anos 1960 para se estabelecer no norte de Minas Gerais, entre o rio São Francisco e a cidade de Montes Claros. Família de tradição nômade, juntaram-se aos Guarani da região, que rumavam então para São Paulo, onde Werá nasceu em 1964, próximo à represa Billings, limite da zona sul de São Paulo. Foi batizado por Tiramãe Werá, cacique e pajé da aldeia de Pró-Mirim, que era então responsável pelo nimongaraí (cerimônia de batismo) das aldeias guaranis do litoral paulista e do recente aldeamento de São Paulo, em terras cedidas por um sitiante japonês. Anos depois, parte dessa região se tornaria a periferia paulistana, onde Kaka Werá fez os estudos básicos, em escola pública, e viveu parte da infância e da adolescência. Nessa época, houve uma ruptura, pois fora orientado (juntamente com os pais) a deixar o paganismo e obter o batismo cristão, tornando-se Carlos Alberto dos Santos, cidadão paulistano. Na década de 1980, fez uma peregrinação por várias aldeias guaranis do sudeste ao sul do Brasil, até o Paraguai, buscando sentido para a vida e a sua verdadeira identidade. De 1989 a 1992, na Aldeia Morro da Saudade, em São Paulo, apoiou os guaranis na construção do Centro de Cultura Indígena, onde foi rebatizado por Guirá-Pepo, cacique e pajé daquela comunidade. Em 1992, criou uma comissão intertribal para lutar pela cidadania cultural indígena, ao lado de Roman Ketchua e Daniel Munduruku, entre outros. Iniciou um aprofundamento espiritual, a partir da purificação de suas mazelas pessoais, por meio da natureza e dos quatro elementos: terra, água, fogo e ar - sempre orientado por espíritos ancestrais. Em 1994 criou o Instituto Arapoty, destinado a resgatar e difundir a cultura indígena, desenvolver a medicina nativa, bem como projetos, eventos e publicações dos povos da floresta, entre as quais o livro Todas as vezes que dissemos adeus, de sua autoria. Em parceria com a Fundação Peirópolis, o instituto coordena uma ação de educação em valores humanos da sabedoria indígena para os povos urbanos. Nesse mesmo ano, realizou uma peregrinação ao norte do país, em busca da sabedoria dos povos amazônicos e do cerrado. Em Tocantins, foi batizado nas águas do rio homônimo pelo povo krahô, onde é reconhecido pelo nome de Txutk ("semente de fruto maduro"), e se tornou pahi ("ser-ponte", entre culturas). Sua atuação no desenvolvimento e defesa da cultura indígena conferiu-lhe diversos prêmios e reconhecimento, nos anos 1980, como o concedido pela Ashoka Empreendedores Sociais, com a criação de projetos sustentáveis; o Transformadores, promovido pela revista Trip; o convite para ser fundador e conselheiro da Bolsa de Valores Sociais, da antiga Bovespa, que viabilizou a consecução de projetos de preservação ecológica e responsabilidade social; e, nos anos 1990, convites para proferir palestras e conferências em várias universidades pelo mundo, como a Universidade de Oxford, na Inglaterra, e a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Foi nesse período também que Kaká se valeu da literatura como um instrumento de (re)existência e difusão dos saberes e valores dos povos indígenas, sendo um dos precursores e incentivadores da produção literária pelos próprios representantes dessas culturas ancestrais; e na Fundação Peirópolis de Educação em Valores Humanos desenvolveu a temática e a visão de mundo da tradição tupi-guarani, a partir do qual escreveu seu segundo livro, A Terra dos Mil Povos, publicado pela Editora Peirópolis em 1998.