Adeus, Maria e outros contos, do polonês Tadeusz Borowski (1922-1951) oferece um relato profundo e preciso da vida nos campos de concentração nazistas, baseado em sua própria experiência. Seus contos, uma obra-prima da literatura polonesa, permaneceram inéditos no Brasil. As histórias impressionam por retratar não apenas as atrocidades, mas também as minúcias do cotidiano de Auschwitz e similares. São aquelas histórias que nem sempre aparecem em primeiro plano - os pequenos comércios e contrabandos, os privilégios e corrupções, os golpes, roubos e demais expedientes praticados tanto por carcereiros quanto prisioneiros, por kapos ou ajudantes. Todos tentando sobreviver, como podem, à barbárie - com diferentes graus de cinismo, crueldade e desespero. Os contos abordam desde o cotidiano no gueto de Varsóvia até a vida nos campos de extermínio e, posteriormente, em campos de refugiados na Alemanha. O narrador, Tadek, um intelectual não judeu, apresenta uma visão cínica e pragmática dos horrores que presencia. Borowski nasceu em Jitomir, atual Ucrânia, em 1922, de família polonesa, e viveu diversas atrocidades do século XX, incluindo a deportação dos pais para campos de trabalho soviéticos. Durante a ocupação nazista, envolveu-se, como Tadek, na resistência polonesa e foi preso, enviado para Auschwitz e Dachau. Depois da guerra, voltou à Polônia, onde se dedicou à carreira de escritor. Em 1951 suicidou-se, abrindo o registro de gás do fogão de sua casa.
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