"No começo foi difícil. Eu sentia falta de Fratterosa, das minhas primas e amiguinhas de lá, e principalmente de nonna Gemma e suas fábulas, e tinha vontade de chorar. Então me trancava na latrina, o único lugar onde podia ficar sozinha, e chorava e dizia bem baixinho, para ninguém ouvir: quero ficar com você, nonna, eu não gosto de Roma! As meninas daqui me chamam de boba e caipira, e dão risada do jeito que falo. Vem me buscar, nonna, conte-me de novo aquelas fábulas tão lindas! Vem me buscar, vem me buscar! E chorava, chorava, até al-guém bater na porta da latrina perguntando: vai demorar?" Ao narrar suas memórias de infância, Liliana Laganá cria a sua própria fábula: Era uma vez uma menina que decidiu cruzar o oceano e reivindicar a salvação de sua história e a ocupação de seu espaço na Roma do pós-guerra. Partindo de uma realidade de penúrias, Adeus às fábulas é uma saga de fascínio visceral e encantamento mágico. Nascida em Roma, Liliana Laganá chegou ao Brasil em 1955. Doutorou-se na área de Ciências Humanas pelo Departamento de Geografia da USP, onde lecionou por 25 anos. Após a aposentadoria, inscreveu-se na pós-graduação, do Departamento de Letras Modernas da mesma universidade, obtendo o título de mestre em Língua e Literatura Italiana. Traduziu para o português várias obras da literatura italiana. Seu primeiro livro, A última fábula, foi publicado em 2002, seguido do Terra Amada, em 2003, e do Estrelas do Sul, em 2014. O primeiro e o terceiro foram publicados também na Itália, com os títulos L'ultima favola (2003) e Stelle del Sud (2015), estando no prelo La terra degli altri, tradução do Terra Amada.
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