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Este livro nasceu a partir de várias leituras feitas pelo autor ao longo dos anos, de um dos mais importantes livros da literatura brasileira, Os sertões (1902), de Euclides da Cunha, no qual se narra a sangrenta e devastadora Guerra ocorrida no Arraial de Canudos, interior da Bahia, entre 1896 e 1897. Ali viviam 25.000 pessoas que fugiam da extrema miséria no sertão nordestino e atendiam ao chamado de Antônio Conselheiro, o beato que pregava a salvação da alma de quem o seguisse. Aos quinze anos, Maria Guilhermina chega com os pais e o irmão gêmeo a Canudos, onde conhece dois rapazes que se…mehr

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Produktbeschreibung
Este livro nasceu a partir de várias leituras feitas pelo autor ao longo dos anos, de um dos mais importantes livros da literatura brasileira, Os sertões (1902), de Euclides da Cunha, no qual se narra a sangrenta e devastadora Guerra ocorrida no Arraial de Canudos, interior da Bahia, entre 1896 e 1897. Ali viviam 25.000 pessoas que fugiam da extrema miséria no sertão nordestino e atendiam ao chamado de Antônio Conselheiro, o beato que pregava a salvação da alma de quem o seguisse. Aos quinze anos, Maria Guilhermina chega com os pais e o irmão gêmeo a Canudos, onde conhece dois rapazes que se apaixonam por ela: um poeta pernambucano e um militar inglês. Nas palavras ditas e escritas por esses jovens, em seus sonhos, ações, emoções, certezas, dúvidas, alegrias e tristezas, o leitor acompanhará o avanço simultâneo da guerra e do amor. Bonita e comovente história de amor de três jovens que, apesar de tudo, creditavam na vida.

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Autorenporträt
Lourenço Cazarré Nada é mais difícil, para um escritor, do que tentar escrever uma autobiografia, mesmo que resumida. A inclinação natural para a mentira e para o exagero dos contadores de histórias é algo que só se aprofunda com o passar do tempo. Eu, por exemplo, me sinto inclinado a dizer que nasci na Rússia, no século XIX, e que fui amigo de três sujeitos: o conde Leão Tolstói, o doutor Antônio Tchecov e aquele cara esquisito que tinha um sobrenome ainda mais estranho: Gogol. Mas dizem que nasci em Pelotas, em 1953. Não garanto. Nada lembro do meu parto. Mas me recordo de ter passado a infância em Bagé. Guardo a lembrança de uma ladeira, de um arroio de águas geladas e de um vento que assobiava nos meus ouvidos. Aos dez anos, voltei para Pelotas. Fui morar com meus avós paternos. O velho Leovegildo, policial militar reformado, vivia contando causos dos tempos em que fora cabo columbófilo (encarregado de treinar os pombos-correios que naquela época eram usados na comunicação entre os quartéis da Brigada Militar). Dele herdei a inclinação à lorota. Cursei o ginásio na Escola Técnica Federal de Pelotas. Em 1968, formei-me rádio-técnico com a nota mínima porque, no final do curso, quase não consegui montar uma galena (rádio primitivo construído com meia dúzia de peças). Em 1975, formei-me em jornalismo, arranjei um emprego numa empresa de comunicação e passei a ganhar um salário para fazer algo que, com prazer, eu faria de graça: ler e escrever. Desde 1985 escrevo livros para jovens. Na verdade, escrevo livros que talvez fossem apreciados por aquele garoto que fui aos doze, treze anos, o garoto que devorou impiedosamente todos os livros da seção infantil da Biblioteca Pública de Pelotas. Tento escrever histórias movimentadas, às vezes divertidas, às vezes tristes, que segurem a atenção volátil dos jovens leitores. Ou seja, tento desesperadamente fugir da chatice. Bem, pra encerrar, como não sou de ferro, faço meu comercial. Nadando Contra a Morte (Formato Editorial), uma das minhas novelas para jovens, recebeu o Prêmio Jabuti, em 1998. Em 2002, recebi o Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo melhor livro de contos - Ilhados (Saraiva) - publicado no Rio Grande do Sul em 200l. A revista Veja considerou o meu Clube dos Leitores de Histórias Tristes o melhor livro lançado em 2005 para jovens leitores de dez a doze anos. Tanto Nadando Contra a Morte quanto A Cidade dos Ratos - Uma Ópera Roque (também publicada pela Formato) foram considerados Altamente Recomendáveis para Jovens, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Minha novela Isso Não É um Filme Americano, que recebeu menção honrosa no concurso João-de-Barro da Biblioteca Municipal de Belo Horizonte, em 2002, foi lançado no mesmo ano pela editora Ática.