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Antologia poética Manuel Bandeira, coletânea organizada pelo próprio autor em 1961, reúne poemas publicados em diversos livros. No prefácio o autor comenta: A antologia atual é mais completa que as anteriores por incluir também poemas de circunstâncias, constantes do livro Mafuá do malungo, e traduções que fiz de poetas estrangeiros, tiradas do livro Poemas traduzidos. Além disso, recolhem-se nela alguns poemas recentes ainda não coligidos em livro. Como nas duas primeiras, aqui o critério foi marcar a evolução da minha poesia, aproveitando de cada livro o que me parecia representar melhor a…mehr

Produktbeschreibung
Antologia poética Manuel Bandeira, coletânea organizada pelo próprio autor em 1961, reúne poemas publicados em diversos livros. No prefácio o autor comenta: A antologia atual é mais completa que as anteriores por incluir também poemas de circunstâncias, constantes do livro Mafuá do malungo, e traduções que fiz de poetas estrangeiros, tiradas do livro Poemas traduzidos. Além disso, recolhem-se nela alguns poemas recentes ainda não coligidos em livro. Como nas duas primeiras, aqui o critério foi marcar a evolução da minha poesia, aproveitando de cada livro o que me parecia representar melhor a minha sensibilidade e a minha técnica. Nesta obra é possível perceber o conflito, inteligentemente resolvido, entre o moderno e o canônico, as brincadeiras com os temas da vida e da morte e a sua extrema sensibilidade aliada a um domínio técnico apurado. Segundo os estudiosos, Manuel Bandeira, em sua poesia, abandonou o tom retórico de seus predecessores e usou a fala coloquial para tratar, com objetividade e humor, de temas triviais e eventos do dia a dia. Apesar de sua refinada sensibilidade, que remonta aos clássicos portugueses, o autor era capaz, também, de se fascinar com o insólito e o corriqueiro.
Autorenporträt
Nascido no Recife em 19 de abril de 1886, Manuel Bandeira é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, tendo se destacado também como cronista, professor, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e de artes plásticas. Estreou em 1917, com A Cinza das Horas, que foi seguido por dezenas de outros livros essenciais da poesia brasileira, como Libertinagem, Estrela da Manhã e Estrela da Tarde. Bandeira residiu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro. Amigo de vários dos participantes da Semana de Arte Moderna de 1922, principalmente de Mário de Andrade e Ribeiro Couto, manteve uma volumosa troca de correspondências, como se nota em seu livro Itinerário de Pasárgada. Em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição que atualmente preserva a sua biblioteca pessoal. Documentos como cartas e fotos encontram-se sob a guarda do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (AMLB). O poeta faleceu no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1968.