A demarcação de fronteiras entre filosofia, ciências naturais, sociais e arte, para muitos estudiosos, é uma das características do pensamento moderno. Em tempos de predominância do pensamento fragmentado, o poder disciplinar aparece nas organizações, instituições e, por conseguinte, na escola na forma de uma organização curricular compartimentada e hierarquizada. Nesse contexto, arte e ciência situam-se em uma relação "fronteiriçamente" demarcadas, no entanto, pesquisas têm demonstrado o reconhecimento de que ciência e arte fertilizam-se continuamente. A (re) aproximação arte e ciência traz possibilidades de integração do saber, e o processo de formação continuada do professor constitui-se um mecanismo primordial pelo qual podem ser desencadeadas mudanças significativas nas concepções e ideias que envolvem a organização dos campos de conhecimento na escola e na práxis educativa. A obra é um convite à reflexão sobre a relação arte e ciência no contexto educativo formal, mais especificamente no âmbito da formação continuada de docentes, do discurso da proposta pedagógica e das relações que se estabelecem no contexto das ações educativas em que esses sujeitos estão envolvidos. O texto traz, ainda, uma sucinta digressão histórica do ensino da arte nas escolas brasileiras e um sobrevoo sobre alguns estudos a respeito da arte em seus aspectos conceituais e conceptuais e enquanto objeto de estudo sociológico, mostrando um pequeno panorama do que tem sido pensado sobre a questão.
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