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Ativamente envolvida com as revoltas de estudantes e trabalhadores em Maio de 1968, Monique Wittig foi uma das primeiras teóricas e ativistas do novo movimento feminista. O romance As guerrilheiras é um de seus trabalhos mais influentes e um dos textos feministas mais lidos do século XX. Desde que existem homens e eles pensam, cada um deles escreveu a história em sua linguagem: no masculino. "Se as palavras qualificadas são de gêneros diferentes, o adjetivo se usa no plural masculino" (Grévisse). As guerrilheiras trata do ataque à linguagem e a corpos masculinos por uma tribo de mulheres.…mehr

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Produktbeschreibung
Ativamente envolvida com as revoltas de estudantes e trabalhadores em Maio de 1968, Monique Wittig foi uma das primeiras teóricas e ativistas do novo movimento feminista. O romance As guerrilheiras é um de seus trabalhos mais influentes e um dos textos feministas mais lidos do século XX. Desde que existem homens e eles pensam, cada um deles escreveu a história em sua linguagem: no masculino. "Se as palavras qualificadas são de gêneros diferentes, o adjetivo se usa no plural masculino" (Grévisse). As guerrilheiras trata do ataque à linguagem e a corpos masculinos por uma tribo de mulheres. Dentre as armas mais poderosas usadas em sua investida contra os costumes literários e linguísticos da ordem patriarcal está o riso. Neste romance publicado pela primeira vez em 1969, Wittig anima uma sociedade lésbica que convida todas as mulheres a se unir à sua luta e à sua comunidade. As guerrilheiras é um romance inovador sobre a criação e a manutenção da liberdade. Grande parte de sua energia emana do enaltecimento do corpo feminino como fonte de invenção literária. "Elas dizem: a partir de agora, recuso-me a falar essa linguagem, recuso-me a murmurar como eles as palavras de falta, falta de pênis falta de dinheiro falta de signo falta de nome".

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Autorenporträt
Estudou línguas orientais na Sorbonne, em Paris. É considerada figura central dos movimentos feminista e lésbico da França. Em 1964, publicou seu primeiro livro, o romance L'Opoponax, pelo qual recebeu o Prêmio Médicis. Ao longo da vida, Wittig escreveu outros dois romances: As guerrilheiras (1969) e O corpo lésbico (1973). Durante o Maio de 1968, se engajou com o Mouvement de Libération des Femmes (MLF). Foi uma das fundadoras dos grupos feministas Petites Marguérites, Gouines Rouges e Féministes Révolutionnaires. Em 1970, publicou, junto de Gille Wittig, Marcia Rothenburg e Namascar Shaktini, o manifesto "Combat pour la libération de la femme", no jornal L'Idiot International. Em 1976, se mudou para os Estados Unidos com sua companheira Sande Zeig. Em 1978, Simone de Beauvoir a indicou para ser editora da revista francesa Questions Féministes. Em 1980, a revista Gender Issues publicou seu artigo "The Straight Mind", precursor da Teoria Queer. Em 1986, concluiu seu doutorado na École des Hautes Études em Sciences Sociales, de Paris, sob a orientação de Gérard Genette. Sua tese, Le Chantier littéraire, só foi publicada postumamente em 2010. Desde sua chegada aos Estados Unidos até 1990 lecionou em diversas instituições, entre elas Nova York University, Universidade da Califórnia em Berkeley, Duke University e Universidade do Arizona. Em 1992, seus ensaios foram reunidos pela Beacon Press no livro The Straight Mind and Other Essays. Em 2000, seu conto "The Girl" foi transformado em filme homônimo por Sande Zeig. Wittig faleceu em 2003. Em 2004, uma conferência na Harvard University, com apoio da Yale University, prestou homenagem a sua obra e, em 2009, foi a vez da Universidade de Lyon. Seus manuscritos foram incorporados pela biblioteca Beinecke Rare Book & Manuscript Library, da Yale University.