No Brasil, fracassam na escola mais meninos que meninas, principalmente negros e de baixa renda. A pergunta central desse livro é: a definição de critérios de avaliação claros poderia contribuir para equilibrar o desempenho dos alunos, independentemente dos aspectos socioeconômicos, de sexo e de raça, ou da visão dos profissionais acerca deles? Pesquisas qualitativas indicam que sim, no que se refere à percepção de desempenho entre os sexos e, de forma menos intensa, entre negros e brancos. Mas revelam também que continuam necessárias na escola discussões sobre as relações de gênero, classe e raça - masculinidades e feminilidades racializadas que ali são construídas e reforçadas -, tanto para alterar as trajetórias escolares malsucedidas de um número significativo de meninos, quanto para que a escola possa colaborar no combate às desigualdades dentro e fora de seus muros. - Papirus Editora
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