A obra visa dialogar com o pensamento de Giorgio Agamben a fim de ilustrar o seu diálogo crítico com a herança biopolítica, mostrando afinidades e diferenças para com Michel Foucault. Essa caracterização permite fazer uma leitura da filosofia política, destacando o tema da democracia. O intento fundamental é problematizar a democracia como regime político hegemônico na cultura contemporânea, tendo como suporte teórico a biopolítica, ressaltando-se o desgaste de conceitos da tradição da filosofia política (como Soberania, Estado-Nação, Povo etc.). Após fazer a exposição do modo como a democracia pode ser refletida a partir da biopolítica, defende-se que, ao se apoiar nas ideias de Agamben, pode-se perceber as limitações da democracia, compreendendo-se que a crítica deste regime político é uma das tarefas inescusáveis da filosofia política contemporânea.
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