Este livro é um convite à reflexão sobre o ativismo de duas correntes do Movimento Negro: a Black Soul e o "Samba de Raiz" durante a ditadura militar. Tempo de intensa censura, violência e vigilância policial em que a contestação ao racismo era considerada crime, pois o Estado impunha o mito da democracia racial. A Black Soul reunia milhões de jovens em seus bailes com o objetivo, segundo seus idealizadores, da conscientização sobre a evolução individual, visando ao progresso do coletivo. Em paralelo, os postulantes do "samba de raiz", contrapondo-se à midiatização do samba, fundaram a Quilombo. A perspectiva também era o cultivo da autoestima individual pela prosperidade grupal do afro-brasileiro. Enquanto os jovens da Black Soul estavam atentos aos protestos dos Panteras Negras, ao movimento Black Power e à musicalidade (soul music) produzidos nos Estados Unidos, o "samba de raiz" se firmava nas práticas ancestrais africanas, particularmente o samba. Este trabalho investigou os impedimentos à união das duas correntes em torno de seus propósitos. Nesse intento, o estudo evocou a memória comum; a análise dos discursos em palavras, gestos e músicas; a cultura como plataforma para lutas políticas e defesa de posicionamentos do segmento afrodescendente na sociedade brasileira.
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