A mitologia grega presenteou a humanidade, dentre tantas coisas, com a perturbadora narrativa de "A Caixa de Pandora". Que fala de uma caixa onde os deuses colocaram todas as desgraças do mundo, entre as quais, a guerra, a discórdia, a dor, as doenças do corpo e da alma. Contudo nela restou um único dom. Neste terceiro milênio, a caixa travestiu-se nas plataformas das redes sociais, acrescentando àquelas vicissitudes, a mentira, as fakes news. Ao escrever Borderline - No limite da vida, Juliana Silveira desfaz-se da hipocrisia com uma linguagem direta, dura, impactante e comovente, sem se deixar envolver pelo pieguismo. Com oportunos lampejos de humor, que transmuta da tormentosa imagem de uma inarredável tragédia para a placidez e o encanto de um vespertino arco-íris, ela narra os conflitos de uma jovem mulher na indecisão sobre que rumos dará à sua vida - o aconchego e a amorosa segurança da família ou a indefinida relação com um rapaz estrangeiro na transoceânica distância de 12.600 km da sua Porto Alegre - que culminaram, como ela define, no seu fatídico acidente. Ao desfazer-se dos rotos trajes da hipocrisia, a autora também se jogou na corajosa nudez de seu corpo e de sua alma para que a Caixa de Pandora novamente fosse aberta e dela brotasse o derradeiro dom: A Esperança... (Sérgio Agra)
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