O Caso Dora, publicado em 1905 com o título Fragmento de uma análise de um caso de histeria, é um dos mais emblemáticos casos clínicos de Freud. O texto traz a análise inacabada de Ida Bauer, que ficou conhecida como Dora, que abandonou o tratamento precocemente. No relato, Freud examina os sintomas histéricos da paciente e suas relações familiares, revelando as dinâmicas da transferência e os conflitos psíquicos ligados ao desejo, à repressão, ao recalcamento e à feminilidade. Este caso se tornou um marco na psicanálise e segue sendo amplamente debatido, dentro e fora da clínica psicanalítica. Feministas, críticos literários e estudiosos de gênero problematizam sua leitura da feminilidade e do desejo, enquanto psicanalistas voltam a ele para repensar a técnica. De uma forma ou de outra, Dora continua sendo o paradigma da histeria e de suas inúmeras variações. O caso interessa em muitos sentidos, especialmente pela forma como sua construção faz uso dos sonhos, a maneira como se constitui um sintoma neurótico, os mecanismos de identificação histérica e, especialmente, o manejo da transferência.
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