Vivemos definitivamente em uma era de impasses. Premidos entre as maravilhosas inovações tecnológicas e uma ameaçadora nova ordem econômica, é hora de refletir sobre a condição atual do homem e a do homem neste planeta. O que este livro nos traz consiste justamente na investigação de um aspecto específico deste processo: o novo papel dos portos no contexto deste outro processo de globalização.As relações entre o porto e sua, ou suas, cidades mais próximas (hinterlândia) são também enfocadas. Muito menos brandas do que se pensa, estas relações nem sempre são de colaboração, consistindo as vezes em permanentes choques e conflitos de interesses. Um porto, quase que por definição, é uma estrutura que demanda um investimento enorme de capital fixo, um grande consumo do meio ambiente e, ainda por cima, com as inovações tecnológicas nas áreas de conteinerização, de carga e descarga, prescinde cada vez mais de mão de obra, ou seja, o porto tem um alto grau de exigência em relação à cidade e cada vez oferece menos em retorno.Onde se encaixa uma superestrutura portuária na conjuntura pós-moderna? Como casar esta superestrutura com a questão da degradação ambiental e do desemprego? Estas são as questões motivadoras do livro, que pretende a partir de exemplos concretos, das experiências de vários países, apontar os caminhos percorridos e a serem percorridos por cidades e portos que buscam seu lugar na modernidade.
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