Cinema & audiovisual escritos - Trajetória de reflexões e pesquisas expressa minhas vivências com cinema e audiovisual. Em quatro seções, mesclo diferentes origens e experiências ao longo de duas décadas. Primeiro, textos com reflexões e ensaios críticos resultantes de palestras, conferências, oficinas, aulas (muitas), artigos para jornais e revistas, que transitam entre reverências e referências, incluindo considerações sobre grandes mestres da arte cinematográfica, como Hitchcok, Godard, Kubrick, Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha e Jean Rouch. E, ainda, temas como: representação feminina; visões do futuro; renovações estéticas e de linguagem; mercados audiovisuais; e, sobretudo, tensões e rupturas de uma indústria baseada na expressão artística, mas que se define a partir de dispositivos tecnológicos em constante transformação. Outra parte é consequência das experiências de pesquisas de mestrado/doutorado, apresentadas/relatadas em Encontros da Socine, desde o ano 2000. Esses materiais estabelecem a organização de um pensamento voltado a recortes específicos do cinema e do espaço audiovisual, correspondendo a uma trajetória de pesquisa desenvolvida especialmente junto ao PPGCOM da PUCRS, a partir de 2008, e mais recentemente, incluindo o Laboratório de Pesquisas Audiovisuais (LaPav), vinculado ao PPGCOM e ao Centro Tecnológico Audiovisual (Tecna), da PUCRS. São reflexões diversificadas que partem da premissa de que o cinema forneceu os padrões de linguagem para a expressão audiovisual como a conhecemos hoje, mas, ao mesmo tempo, estabeleceu padrões de funcionamento do que entendemos como o espaço audiovisual, no qual a tecnologia atua como determinante de novos modos de comportamentos e práticas sociais, políticas, econômicas e culturais. São as inspirações teóricas de autores como Cohén-Séat, Metz, Harold Innis, McLuhan, Krakauer, Benjamim, entre outros, que nos permitem estabelecer observações sobre o tecido institucional do cinema brasileiro e seus desdobramentos, sobre as hegemonias que moldam os mercados a partir da circulação das obras e, especialmente, o papel das tecnologias numa perspectiva de espaço e tempo. Na última seção, alguns textos tratam das relações entre cinema e educação, contemplando o filme como ferramenta na sala de aula e o surgimento no Brasil dos novos cursos de formação profissional em cinema e audiovisual, principalmente nas universidades, a partir dos anos 2000.
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