"Pelas mãos da pesquisadora, a diversificação econômica (agricultura, pecuária, extração e fabricação minerárias, comércio interno) volta ao seu lugar de direito nesse passado subjugado. Compreende-se que a crioulização, apropriação cultural afrodescendente, foi um dos fatores fundamentais que possibilitaram a disseminação dessas oficinas e saberes (...) (...) No estudo de Britto, o espaço urbano da povoação de Itabira ajuda a revelar esse outro legado de oficiais e aprendizes ferreiros ou aspectos de um patrimônio denegado. Na configuração do traçado urbano oitocentista, as moradias/oficinas dos ferreiros concentraram-se em determinados logradouros, o que denota o sustento vigoroso dessas atividades, costumeiramente inscritas nas redes de vizinhança e na troca de saberes entre os sujeitos. Trata-se, assim, de aprendizagens de artífices, os sujeitos do saber-fazer, e, portanto, enraizadas no convívio local, familiar e de amizade. Situados nos circuitos das tropas e dos viajantes (no trajeto para a fundições de ferro de maior escala e, talvez, com algum acesso aos recursos naturais da produção), os ferreiros, fabricantes de ferro e ferradores, buscavam os benefícios das rotas do mercado interno." - Prof. Dr. Francisco Eduardo de Andrade (Universidade Federal de Ouro Preto)
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.