Estas são algumas das respostas que consideram as aporias da herança e afirmam «uma determinada verdade» sobre o complexo e doloroso contexto da memória e do tempo histórico.
Todavia, é com Hannah Arendt, e contra uma perspectiva «revisionista» da história, que o autor diagnostica o hiato «entre passado e futuro», para evidenciar a «força diagonal» da liberdade sobre o pensamento. Se a questão da memória é, antes de mais, analisada como uma questão da política, a coragem será, pois, a potência entendida como «faculdade de começar», essa virtude capaz de «fazer acontecer alguma coisa», ou seja, exercício de liberdade, cujo alcance político surge no mundo «como uma "improbabilidade infinita"», e cuja amplitude constitui «a textura de tudo aquilo a que chamamos real». Na sequência do pensamento clássico, em H. Arendt a coragem adquire uma manifesta força de levantamento, de luta e resistência, contra todas as formas de poder e violência, permitindo, assertivamente, confrontar as razões que levaram os judeus e sionistas à consumação do «erro» político fatal que culminou na criação do Estado de Israel.
Didi-Huberman evidencia as diferenças e paralelos que decorrem entre a luta corajosa dos judeus pela liberdade no gueto de Varsóvia e as ameaças atuais do totalitarismo, do colonialismo e do fascismo que podem emergir em qualquer horizonte.
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