Você já olhou para algo que faz todos os dias e pensou que gostaria de eternizar? Talvez não exatamente a ação, mas a sensação daquele momento. Uma coisa simples como esperar um ônibus todos os dias no mesmo lugar, observar as mesmas pessoas com a mesma farda de trabalho, ver os mesmos vendedores ambulantes, não saber o nome de ninguém, ainda assim ser tão familiar. Há poesia na inquietude, mas também na quietude da vida. No simples sorriso de alguém que nem sabe que está sendo admirado, há beleza nos dias chuvosos, no cinzento dos dias parados. Poesia no simples, mas longe de ser poesia simples. Como vivem as flores é rotina, é o doce que a gente come para esquecer dos problemas, é grito, é saudade, bom dia e boa tarde, é avisa quando chegar. É amor no simples, é um convite para outro olhar.