Há muito tempo a crítica literária dedicada ao escritor Italo Calvino vem apontando para a centralidade da relação homem, cultura e natureza em sua produção ficcional. A questão foi constantemente reformulada pelo autor, conforme vivenciava as transformações históricas da Itália da segunda metade do século XX. Interessava-lhe o modo desarticulado com o qual o homem moderno, vivendo em sua espacialidade urbano-industrial, lidava com a natureza, algo ainda pouco presente na literatura da época. Com a intenção de investigar esse tema, a referente pesquisa analisa contos de Palomar, Marcovaldo, ou As estações na cidade e o texto "A formiga-argentina", os quais, apresentados aos pares, evidenciam contrastes e diferenças na maneira como as personagens percebem e convivem com a vida animal e a vegetação na cidade.
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