Este livro discute as contribuições das análises de Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) como pensador do Brasil. O foco é o conceito de homem cordial, espécie de síntese de caráter brasileiro. O homem cordial não é benevolente nem pacífico, como o próprio nome sugere, ele só é capaz de agir através do coração, expressa-se pela emoção, em detrimento da razão. Assim sendo, o homem cordial é incapaz de seguir os códigos necessários para o estabelecimento de uma conduta objetiva e impessoal. Segundo Sérgio Buarque, o comportamento do homem cordial impede que no Brasil haja uma definição clara entre as esferas pública e privada. O Estado brasileiro, muitas vezes, torna-se extensão dos interesses dos poderosos, que o conduzem de maneira a satisfazer os caprichos de suas famílias estendidas. Aqueles que não são reconhecidos como partes dessa família são abandonados ou perseguidos. Sérgio Buarque afirma que é preciso abandonar essa conduta cordial, para que a democracia chegue plena ao Brasil. O Estado deve ser impessoal e coletivo, não deve submeter-se aos caprichos de poucos, deve ser inclusivo. Abandonar a cordialidade é colocar o Estado acima dos interesses das paixões particulares e democratizar
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