Ao longo de 1822, aguça-se a situação delicada do Brasil em relação à Coroa portuguesa. Leopoldina, a esposa austríaca de D. Pedro, é a força propulsora na luta contra Portugal por um Estado brasileiro independente. Numa feliz previsão, antes de deixar o Rio de Janeiro para ir a São Paulo, D. Pedro lhe confia a efetuação de atos urgentes "para a saúde e a salvação do Estado". Leopoldina reconhece o instante certo e convoca um gabinete de crise com representantes do povo. Em 2 de setembro de 1822 decide-se, aí, a separação imediata do Brasil em relação a Portugal, que se vê confirmada e autenticada mediante a assinatura de Leopoldina enquanto Princesa Regente. É ela que escreve ao marido: "Pedro, o momento é o mais importante de vossa vida. O Brasil vos quer como monarca. Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele fará a sua separação. O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece".
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