A obra traz uma interpretação das experiências de famílias de trabalhadores rurais que se deslocaram em um movimento de ida ao Paraguai, após o alagamento de Itaipu, e, posteriormente, de retorno ao Brasil. Severinos e Severinas é a denominação dada aos participantes da pesquisa, a fim de lhes preservar as identidades e de facilitar as conversas em um momento no qual viviam sob constantes ameaças de despejo (2018-2021). A etnografia foi ponto importante para entender o "tempo" como categoria central de análise nas vivências e experiências de trabalhadores rurais sem terra. Ele, o "tempo" adquire vários significados e é experimentado como: longo e extenso pelo período de existência de cada acampamento (respectivamente, 5 e 15 anos em 2019); provisório e permanente (ambiguidade visível nos barracos de lona e madeira onde moram), bem como no "trabalhar fora" dos acampamentos como estratégia de subsistência e forma de manter a resistência; e, por fim, o tempo das intensidades da luta pela terra cujos enfrentamentos com sucessivos governos são um problema agrário na história nacional. A leitura da obra ajuda a compreender, a partir das histórias e vivências, a experimentação de um tempo ativo e denso na espera desses trabalhadores pela conquista da terra semeada pela luta e resistência do MST.
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