O autor relata, em diversos artigos e conversas, que existe no espaço contemporâneo um "novo mundo" dentro de um "velho mundo". Esse "novo mundo", no qual vivemos, se define pelo avanço desenfreado da exploração operacional do sistema financeiro, que esmaga a sobrevivência das pessoas, cada vez mais agredidas em seu poder aquisitivo, exaurido por perdas permanentes. Enquanto isso, o "velho mundo" não sai de cena pelo mesmo motivo, ou seja, garantido por velhos vícios, ele apenas é reforçado pela desgraça e pela miséria que se instalam no cotidiano de cada um. Em suma, são mundos que se marginalizam cada vez mais. Esta obra é composta por um conjunto de artigos que se encadeiam e se completam, através de uma pedagogia política esclarecedora da pura realidade do cotidiano. Os leitores que, de certa forma, estiverem mais próximos aos temas publicados em revistas, conversas e debates, certamente se identificarão com essas reflexões e práticas. Vivemos num subcontinente, subjugado há décadas pelo poder de mercado e do sistema financeiro predatório, onde governos e estados são apenas assistentes de uma economia modernizada, desassistida por esses próprios institutos, que cumprem as regras de exclusão social sem pestanejar, com afinco; tendo o endividamento familiar e a escravidão salarial como principais objetivos e pontos de honra de suas gestões. Isso é fato! Prof. Chiquinho vem se destacando por expressar em seus artigos a realidade de uma sociedade empobrecida e desprovida de conhecimentos, o que a impede de sair desse jogo, no qual ela não toma parte, mas é eterna perdedora. A saga de sofrimento das pessoas está por toda parte, integrando os setores e espaços sociais de maneira geral, e essa prática vem se agravando cada vez mais mundo afora; porém, o fato mais notavelmente decepcionante é que ninguém é punido por tais brutalidades racionais.
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