Marcelo Augustin chega ao mundo dos poemas. Seu primeiro livro Dias de Sol. Noites de Chuva, com o belo subtítulo "poesia e temporal" já anuncia o clima que perpassa esses textos. Os poemas vão perambulando por sois e chuvas, vão revelando uma linguagem, em certos momentos, telegráfica, suprimida de elementos conectivos, em outros mais lírica, menos entrecortada. Os poemas divagam sobre as dores do mundo, a vastidão da vida, as encenações a que estamos submetidos: "(...) Público de rosas: pedras/Drama persiste: comédia: romance/Máscara fixa: olhares: amargo e dor/Personagem frio: congela/Momentos(...)", diz o poema "Farpada". Inclusive, farpada é um adjetivo que convém à poesia de Marcelo. A linguagem empregada nos versos curtos, às vezes, funciona como farpa perturbando a zona de conforto do leitor: "Contempla o puro: empurro / Pulsa, oscila / Tanto perdido: razões / Pesa a vida". É nesse peso pulsante que se inscrevem os poemas, que nem sempre se revelam à primeira leitura. É preciso entrar neles, compreender o ritmo particular de Marcelo, que ora se quebra entre o uso constante de dois pontos, ora avança num verso mais longo, ora o poema avança e torna-se quase uma narrativa. Dias de sol. Noites de Chuva. não apenas traz à baila a condição humana e um olhar subjetivo sobre alguns sentimentos que nos norteiam, mas coloca na roda da literatura um outro poeta. Marcelo com o seu Dias de Sol. Noite de Chuva. chega para ajudar a poesia manter-se em movimento. Rubens da Cunha
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