Este livro trata de temas essenciais para ampliar a compreensão dos fenômenos relacionados ao cinema brasileiro, na sua dimensão de um sistema produtivo que faz circular as suas obras também no espaço além-fronteiras. A autora elabora um recorte original e preciso sobre as trajetórias e dinâmicas da circulação internacional do cinema brasileiro ao longo do tempo, propondo, de maneira inovadora, interseções com a diplomacia cultural. Nesta arquitetura conceitual de Manuela Fetter Nicoletti reside a relevância do estudo, pelas suas contribuições a um tipo de reflexão pouco usual nas pesquisas em Cinema e Audiovisual, Comunicação e Relações Internacionais. Para além de buscar uma resposta sobre até onde os filmes brasileiros já conseguiram chegar no mercado internacional, o estudo revela os mecanismos que foram sendo construídos, sobretudo a partir dos anos de 1950, e que acompanham o processo de institucionalização de uma indústria cinematográfica brasileira em constante enfrentamento com a ocupação do seu próprio mercado pelo cinema hegemônico de Hollywood. A autora lança o seu olhar também para a dimensão tecnológica que, hoje, assegura a circulação internacional dos filmes, a despeito da ausência de apoio do Estado. Este livro nos ajuda a entender o que está acontecendo no Brasil, desde 2019, com o desmonte das políticas públicas para a Cultura, a Educação, a Ciência, a Saúde e o Meio Ambiente. É um livro que nos faz pensar na força do cinema que permanece como expressão cultural de um país em desconstrução e até nas origens do fogo que destrói nossos biomas, museus e cinematecas.
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