Não restam dúvidas de que a sociedade de consumo atual está longe de poder ser considerada sustentável. Nesse contexto, ouve-se muito o termo "consumo consciente", definido como o meio de uso racional de recursos, da preservação do meio ambiente e da responsabilidade com o planeta. É imprescindível para o futuro do planeta que tenhamos uma mudança de paradigma da economia do consumo para a sustentabilidade; contudo, também é de suma importância que reconheçamos que isso não depende somente da escolha do consumidor individual. Nisso resta a pergunta: Como é possível, perante a miríade de influências na motivação para o consumo e a forma com que o marketing apresenta seus produtos, viabilizar uma sociedade de consumo consciente? Trabalhando o direito do consumidor brasileiro, mas também a literatura do comportamento do consumidor e do marketing, o livro se propõe a trazer uma forma efetiva de compreensão da percepção dos consumidores sobre os produtos "verdes" e a rediscutir o conceito de transparência corporativa e de propaganda enganosa ambiental (denominada greenwashing) no marketing verde, viabilizando, dessa forma, uma forma diferenciada de discutir o consumo consciente dentro do direito, considerando três direitos fundamentais no ordenamento jurídico brasileiro como alicerce: os direitos à informação, à educação e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
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