As profundas e ricas reflexões apresentadas nesta obra expõem, de forma crítica, como as vulnerabilidades, no contexto das mudanças climáticas, sustentam-se em padrões históricos de desigualdades e demonstram como concepções utilitaristas, provenientes de um racionalismo puramente intelectualista, afetam a relação do humano com a Natureza. Os autores nos convidam a sair da lógica individualista frustrada, proveniente da expansão colonialista e, posteriormente, das políticas neoliberais, para nos conscientizar a respeito dos impactos provocados pelo sistema capitalista, cujas estruturas estão no cerne da crise ecológica e climática. A perspectiva que esta obra nos traz, para analisar a situação dos refugiados ambientais no cenário internacional, é descolonial e extremamente necessária. Isso porque, pelas lentes da descolonialidade, não se separa o sujeito da realidade, o que nos permite desalienar, ou seja, abandonar o pensamento positivista ocidental que padroniza tudo e recusa as peculiaridades. É uma obra que nos encoraja a perceber como a epistemologia caminha carregada de consequências para a compreensão e, nesse caso, o paradigma da complexidade é essencial para analisarmos um cenário de colapso climático. Os autores "desencriptam" o conceito universal de "humanidade" e reivindicam a memória e o desencobrimento de tradições originárias que partem de outra epistemologia, de outra linguagem e de uma forma de coexistência comunitária em harmonia com a Natureza.
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