O autor faz uma auto-biografia, no contexto do seu estado de espírito, durante a pandemia de COVID19, em que se forçou os cidadãos ao confinamento de quarentena e isolamento social, com restrição de direitos do Homem e constitucionais. É nessas situações de isolamento, ansiedade, tensão/ "stress" emocional, depressão, que todos se viram para o seu interior, questionando tudo e duvidando de tudo, fazendo surgir as teorias da conspiração, muitas vezes fundamentadas em pré-conhecimentos de tudo o que rodeia a civilização, na vertente dominadora das políticas económicas, que sujeitam as decisões políticas. Cada um tece, conforme o que conhece, e as sociopatias crescem nas mentes menos informadas, estabelecendo preconceitos! Tudo se pode abordar, para ocupar a ociosidade, remexendo os nossos "botões", pelo que a riqueza de informação pode produzir coisas mirabolantes, ao se levantarem mais dúvidas; se não houver cuidado na análise factual da realidade, facilmente se atinge um estado de loucura, que determina opiniões, sentenças e decisões, baseadas em percepções erradas. Permanece um raciocínio intenso e aturado sobre as pistas lançadas à saciedade e à sociedade, por sobra de tempo. E, neste estado de inspiração, surge a veia artística, que o autor canaliza para a construção de figuras digitais, que expõe em cada entrada, a par da reprodução de fotos alusivas aos momentos e motivos paisagistas idílicos, da sua preferência, por onde viajou, antes e depois do isolamento confinado, tendo oportunidade de reavivar memórias de carinho, tranquilidade e espírito de estasia. O autor aborda temas civilizacionais fracturantes e analisa as várias percepções do secretismo de poderes, ocultado pela propaganda de um regime de dominância capitalista, no contexto das lacunas propositadas do ensino, tentando deixar pistas de reflexão sobre a realidade, para se desmistificar e esclarecer as teorias da conspiração. O livro explica a origem desta pandemia e aborda a retrospectiva de se estar a repetir o início do século passado, também marcado por uma pandemia respiratória, que se apelidou de febre pneumónica, ou gripe espanhola, em Portugal, igualmente causada por um vírus respiratório. E vem logo à memória a menor terapêutica de então, com recurso a máscaras faciais e distanciamento entre pessoas, provando que pouco evoluímos, nesse domínio profilático, ou de prevenção, mas temos melhor tecnologia de assistência aos contaminados, desde logo medicação e ventilação pulmonar! Os que foram contaminados, tiveram uma percepção e cognose próprias, mas o autor apresenta apenas a cognose dos que não se deixaram contaminar, entregues a maior espírito de calma e tranquilidade, mais ou menos ansiosa, que o leitor irá reconhecer, em pontos comuns de sensação introspectiva, procurando interpretar o discurso de prosa poética do autor, no contexto de uma escrita musical, tratando o livro como uma partitura.
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