Diários do Desassossego retrata a condição da alma humana através das confissões expostas em cada um de seus poemas. Em cada verso sobressaem reflexões e uma sensibilidade que vai aflorando a cada página. Sintetiza angústias, sonhos, incertezas sem descanso. O desassossego é parte do contexto humano. Mais que simples angústia, é a intuição da existência em toda a sua complexidade amorfa. Não existe trégua para o poeta, seu espírito apenas apreende o universo em seu vazio e o descreve conforme às próprias vistas, coisas reconhecidamente íntimas. A transformação que lhe sussurra às entranhas lhe empurra o mundo goela abaixo A vida, um enigma a ser decifrado, não poupa a ninguém da dor. A perplexidade diante dela, que não oferece sossego aos que buscam respostas, deixa apenas o refúgio das sensações que estão atrás dos sentidos, constatações em preto e branco. Uma revelação às avessas, descobrindo a razão de todas as coisas no nada e na ausência. O desejo não tem outro papel que não o de se mover neste limbo. A palavra desassossego refere-se a uma perturbação existencial presente na inquietação e incerteza inerentes a tudo o que é narrado. O livro assume dimensões inesperadas tal como uma bíblia sem deus, uma eterna brevidade contínua. O poeta repleto de dúvidas e hesitações parece estar sempre à procura de algo mas não sabe exatamente o quê. Um balanço sobre a vida, a solidão, o amor, a saudade. Um livro vivo, intrigante, envolvente, interminável. Definitivamente perturbador.
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