Quem o convida para lê-lo, traz-lhe a interpretação de um tempo e de sua gente. Na altitude de uma tradição literária inconfidente ou drummoniana, surgem imagens de uma afinada viola em acordes de pedra e bronze. Tem a falsa modéstia de uma terra grandiosa e hospitaleira para quem a decifra. Há saudades milenares de tudo, como é milenar toda a existência humana e sua espiritualidade. Pontes de pedra de sólida engenharia ligam continentes diversos, por um mar salgado pela imaginação do construtor desses textos poéticos. Uma maria-fumaça parte do Lenheiro para Veneza, África ou Chile de Neruda. As mobílias do cotidiano se deixam pegar sem náuseas pelas metáforas da forja de seu ferreiro das palavras. Assim a prosa vai se cardando nos teares de cada página, exalando o perfume do café e do próprio autor. Se o leitor não tem a pressa dessa atribulada vida internética, poderá pacientemente encontrar outro universo antigo como os quintais e as formigas que vagueiam pelos sertões de Rosa. Talvez, encontre aqui, um portal para Minas, que é alterosa, mas também abissal. - Afonso Alencastro Graça Filho
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