Déjà Vu é uma história que já existia em minha mente há muitos anos; um dia, simplesmente a transpassei para as páginas. Esta é a curta saga de Ariel, uma adolescente de dezesseis anos que fica desolada com o término de um relacionamento. Seu namorado é bem mais velho e, antes de se mudar para uma nova cidade, decide abreviar a relação. Ele é astronauta profissional, trabalha para a NASA e tem uma expedição marcada para as proximidades da lua. Com o fim do namoro, Ariel decide cometer suicídio; ela salta para a morte do topo de um penhasco. Atendendo ao seu último pedido, a família decide sepultá-la em uma urna funerária ecológica; o cadáver é depositado em posição fetal em uma cápsula oval feita de um material biodegradável produzido a partir do amido. Uma vez enterrada, a cápsula se transforma em uma árvore, que deverá ser cuidada por parentes e amigos da jovem falecida. Enquanto o invólucro material de Ariel se decompõe nas profundezas, uma tímida arvorezinha nasce no topo de sua sepultura. E, de uma maneira inesperada, a árvore percebe que possui consciência! Ela pode pensar, respirar, interagir com outros seres e inclusive se apaixonar. A árvore acaba caindo de amores pela lua e, apesar da estranha sensação de já ter vivido tudo aquilo, ela está disposta se desprender de suas raízes se for o caso, para então flutuar até a encantadora esfera que ilumina a noite. Animais silvestres, seres da floresta e inclusive outras plantas passam a caçoar da árvore apaixonada. A lua, se pudesse, retribuiria o sentimento; mas estão distantes demais uma da outra. Será que esse novo relacionamento tão peculiar tem alguma chance de existir?
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