Este livro é o terceiro volume da trilogia do design. Ele trata de uma fase de transição ou - dependendo do ponto de vista - de uma ruptura do design. Resgatando um projeto dos anos 1960 (período no qual ainda não existiam computadores pessoais) sobre o que agora se denomina , esse projeto é um precursor da fase atual na qual se registra um deslocamento dos conteúdos do trabalho dos designers da esfera material para a esfera digital - processo aludido no título. Em geral, os textos surgiram de palestras, entrevistas e ensaios relacionados com temáticas que se encontram no centro dos interesses apresentados: os aspectos político-culturais do design nos países periféricos, o ensino do design, a prática profissional e o discurso projetual. O conceito "design" experimentou, durante a década passada, uma acentuada difusão e popularização, o que pode ser considerado um fato positivo. Por outro lado, sofreu também uma estranha limitação aos produtos do microambiente da casa. Na opinião pública, o conceito "design" - atualmente um modismo de valor questionável - vem associado à ideia de caro, complicado, de curta duração e individualmente rebuscado, com a promessa do glamour instantâneo. O teor deste livro deixará claro as diferenças do estudo do design e dessa atual apropriação da indústria cultura. Dessa forma, o autor se preocupou em recuperar uma interpretação mais rigorosa do conceito "design" como um expoente do projeto da modernidade, defendendo-o contra tendências do oportunismo ágil que descaracteriza esse termo com uma compreensão distante do profissionalismo.
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